Imagem: retirada da web
Algumas ovelhas, uns coloridos, outros avestruzes, os sarados, os pavões, alguns ligados participam de um mundo coberto por camêras, holofotes e todas as atenções voltadas para eles. Já não bastasse ter as capas de revistas, a atenção da mídia, a histeria dos fãs, ainda compõem um reality show.
Um Mallandro que dá lições de moral, a Menininha da faculdade do vestido curto dando uma de estrela, uma Melancia que aparece pra mostrar que não é apenas um corpinho bonito, a Policial que quer mostrar que é apenas mais um corpinho bonito. Enfim, aspirantes a estrelas ou não, todos querem mais uns 15 minutos de fama.
A necessidade de saber o que acontece com a vida do outro leva grandes emissoras a idealizarem espetacularizações da vida real, os Artistas Brothers da Fazenda levam todas as atenções e são vistos como os heróis da civilização. Os limites, acordar cedo e a convivência com “desconhecidos” e com o diferente são superações “incríveis” e merecem destaque na TV, no rádio, no jornal impresso e na web.
Isso nos leva a refletir que valores são esses? Por que damos tanto ibope e tanta importância para essas situações? O que essas pessoas representam realmente? Será que eles merecem dois milhões de reais, por estarem em uma casa coberta por câmeras perdendo a sua privacidade?
Ora, eles já não sabiam que isso iria acontecer? Por que se dispuseram, então? Ir pra roça, paredão, berlinda, vamos todos os dias, por que com eles seria diferente? Eu respondo, tudo por mais alguns segundos de estrelismo.
Como diriam os Titãs, “não há nada com que você não se acostume. Cale a boca e aumente o volume, então”.
