Páginas

domingo, 30 de outubro de 2011

Jornalismo sensacionalista na televisão baiana. Mais do mesmo?


Dezenove de setembro, é dia de estreia na capital baiana e na tela da Band. Uziel Bueno mostra que “aqui o sistema é bruto!” no programa Brasil Urgente Bahia, uma prévia do ‘show’ do apresentador José Luiz Datena.

A mudança de emissora não mudou muito o estilo da apresentador polêmico, que continua se utilizando de problemas sociais para ganhar a audiência. Seria jornalismo investigativo? A revolução do telejornalismo popular baiano? Ou só mais do mesmo? Fico com a última opção, o Brasil Urgente Bahia é uma alternativa para quem não tem como acompanhar as notícias sensacionalistas na hora do almoço. Basta sintonizar na rede Bandeirantes de Televisão de segunda á sexta-feira às 16h50.

Mostrando uma realidade que não é a Disneylândia, nem muito menos o Programa da Xuxa, Uziel Bueno prepara o seu discurso, para sensibilizar o espectador por meio da sua oratória. Bom? Ruim? Não, apenas esperteza. No mundo da TV sobrevive quem é o mais esperto e gigante quando se tem que garantir os pontos para sua empresa.

Infelizmente empresários do ramo da comunicação descobriram o jeito mais fácil de ganhar dinheiro. Basta falar da miséria social, com uma dose de sensacionalismo, falta de senso e humor. Por que não humor? Afinal de contas, a melhor maneira de se passar por cima das coisas e achar que tudo está bem, é rindo.

Como diz Malu Fontes, parecem "urubus em cima da carniça", tais profissionais impedem muitas vezes uma ação efetiva da equipe de primeiros socorros e policiais. E atraem curiosos, que se espelham no seu modo de fazer 'jornalismo', e são criticados por estarem tumultuando o local. Como assim? Estão reclamando do que eles mesmos fazem? Isso é ilógico. Para mudar é necessário que eles mudem também.

Aproveitando o assunto de mudança. Acho que mudança desses tipos de programa depende também de uma mudança social. Educação menos Pão e Circo é igual a jornalismo cidadão.
*Texto produzido para disciplina de Telejornalismo II

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Não é censura, mas sim respeito...


Quem nunca requebrou ou se quer mexeu a cabeçinha quando ouviu o som do cavaco e do pandeiro? Quem não dançou ao som do “É O Tchan”, “Terra Samba” nos anos 90 e agora com o “Harmonia do Samba”, “Parangolé”, Psirico”?
A questão não é gostar ou não de pagode, não é ter dançado ou não pagode. O problema aqui é a que ponto a música popular baiana chegou. Quem foi que disse que pra se divertir precisamos ouvir músicas do tipo “coloca a buceta no pau” ou “toda nas cahorras” ou “mulher é igual a lata, um chuta e o outro cata”. Pagode desde quando surgiu tem duplo sentido, mais ainda, música popular brasileira em sua grande parte tem duplo sentido. Mas o quê entra em jogo não é o duplo sentido, mas o sentido único.
Não somos obrigados a escutar canções ou projetos de letras musicais que denigrem não só a imagem da mulher, mas desrespeitam famílias. O projeto de lei da deputada Luiza Maia está sendo mal interpretado, o que ela quer não é a censurar nem tão pouco proibir que músicas de duplo sentido sejam feitas,(até porque acho que seria um completo absurdo) a deputada não “quer barrar o gosto popular”, ao contrário do que disseram Robisão (Black Style) e Mário Brasil (O Troco) no jornal Bahia Meio Dia . A intenção é proibir que o poder público financie festas e eventos, onde bandas desse tipo estejam presentes. O que não acho errado (diga-se de passagem), porque o governo é o primeiro a ter que dar o exemplo, já que é o nosso dinheiro que eles usam para patrocinar essas festas.
Se acho que afetaria o carnaval da Bahia?! Não, porque o que o Estado faz é garantir a estrutura, não pagar uma banda, um artista ou outro diretamente na festa. Tudo bem que de uma maneira ou outra acabam financiando alguns músicos, mas nada que seja tão desesperador.
Voltando à polêmica, pergunte a algum desse cantores de bandas de pagode se algum dia levariam as suas mães, irmãs, avós, tias e namoradas para um show e pediriam para ralarem a “xana no asfalto”, chupar “pra ver se sai leite”, relaxar na bica, lógico que não.
A luta é por respeito ao sexo que feminino, que em uma sociedade machista, na qual vivemos, em pleno século 21 ainda somos vistas como objeto sexual e esses “incentivos musicais” ajudam ainda mais a fortalecer esse tipo de visão.
Por que não ressaltamos o pagode que é a crônica da favela? “Favela ê falvela, respeite o povo que vem dela”. Ou mesmo que levantem a auto-estima da mulher “é gordinha, mas é gostosa”, “Mulher brasileira é toda boa”.
Baixaria e vulgaridade não são músicas, nem tão pouco servem para diversão. Diversão não significa dançar e cantar eroticamente.
Não pense que repudio o pagode, ao contrário, gosto de dançar (mesmo não sabendo direito), gosto de me divertir em festas com os amigos. Mas as letras não têm ajudado muito, o que, na minha opinião, tem dado uma imagem negativa a música feita na Bahia. A relação que se faz é: erotismo e música baiana tudo a ver. Pra mim não, NADA A VER.
Então fica pergunta: Pra onde foram os bons e velhos tempos do verdadeiro PAGODE POPULAR BAIANO?

domingo, 5 de junho de 2011

A GRANDE TSUNAMI

Era uma vez, uma certa família, meio incompreendida por algumas pessoas. Talvez pelo fato de falarem alto, serem desbocados, alegres (até demais), por não se estressarem com pouca coisa e por principalmente, serem unidos e defenderem um ao outro independente de qualquer coisa.


Essa GRANDE FAMÍLIA, briga entre si, mas no final todo mundo se entende. Existe o multiuso, a surdinha, a pagodeira, as cdfs, o idoso, a do cabelo Pink, a menina do chamado, o do choque, o caipira poeta, o que faz perguntas complicadas, o pequenino, a magrinha e delicada, a gordinha, e uma recentemente adotada, a da bochecha rosa. Todos esses compõem a TSUNAMI que tanto incomoda muita gente, lógico uma marolinha não faria tanto estrago.

Já se passaram dois anos e meio, alguns membros saíram, outros se afastaram, mas a essência continua e é isso que importa.

A FAMÍLIA está de braços abertos para aqueles que desejam conhecê-la, não existe pessoas melhores, mais delicadas, extrovertidas, sagazes, inteligentes, dedicadas e por que não, bagunceiras, festeiras do que eles.

A julgam só de olhar, somente alguns tentam conhecê-la melhor. Dizem que as referências são as piores possíveis, mas por quê? Não fazem mal a ninguém. Mas infelizmente entre os homens, a inveja reina e impera em algumas situações. Pré-julgar e tirar conclusões precipitadas ajudam ainda mais essa FAMÍLIA a se unir e dedicar-se ainda mais e, provar, justamente o contrário do que todos pensam, e desfazer alguns ideários já criados.

Por isso, digo de novo AMO A TSUNAMI! Doa a quem doer, não sou um peixinho fora d’água dentro dessa fúria, me encaixo muito bem por sinal. Aprendi com cada membro, que podemos ser muito diferentes e nos completar e respeitar ao mesmo tempo.
Um simples comentário, em uma rede social do peixinho fora d’água”, gerou polêmica no fim de semana. Por isso resolvi escrever esse breve texto. Até as próximas polêmicas.

Boa noite FAMÍLIA (como diria o nobre colega das perguntas e pensamentos complicados).