A respeito da estética e esteriotipação da beleza. Não que eu seja arredia quanto a me arrumar, cuidar da aparência. É bom sentir-se linda e ser elogiada. Mas, eu não concordo com o lance de ela ser tudo ou pelo menos fator primordial – é lógico que você deve estar se perguntando: mas a beleza não é a primeira coisa que reparamos?!. Tudo bem, de fato é, mas vou direto ao ponto.
“Oh pra ela, fez a sobrancelha!”, “Olha tá com a unha pintada”, “Olha passou rimel, brilho e blush”, “Você tem que usar um salto alto, é outra coisa”. Não tá entendo nada, pois bem, essas são algumas das frases que escuto de vez em quando. E vou confessar que não gosto nem um pouco delas.
Sou contra essa imposição social, de que as mulheres têm que estar sempre maquiadas, usar salto, cabelos lisos, roupas justas. Não, EU NÃO SOU ASSIM, não quero andar por aí parecendo que saí da mesma fábrica em que algumas “barbies” foram produzidas.
Acho que esse é o “X” do problema. Percebo, que perdemos a individualidade e originalidade. Quando vou a um restaurante, shopping ou show, todas as meninas estão no mesmo modelito, do cabelo aos sapatos. O importante é integrar o mesmo grupo, e não sair do uniforme. Daí eu te pergunto: será que você não está se alienando?! Cadê a sua personalidade?! Quem é você mesmo?!
Não gosto de salto alto, tão pouco roupa colada e justa, uso maquiagem quando estou a fim (e somente o básico), faço a sobrancelha quando necessário, não morro se demorar, (ao contrário do que muitos pensam) meu cabelo é duro-cacheado (e eu curto ele desse jeito). E nem por isso me acho menos feia ou bonita, essa questão é subjetiva. Acredito que cada ser se sente bem, quando está no papel dele mesmo, sem se importar com que os outros pensam. E é esse exercício que tento praticar com muito esforço. Eu me arrumo da minha maneira e me sinto muito bem.
Não faço o tipo “mulherzinha”, dependente de salão de beleza (só o meu cabelo Rs), faço o tipo Camila de ser. Goste ou não, eu sou assim!
É, também gosto de você assim, hehehe.
ResponderExcluirSó tenha o cuidado com uma coisa: essas alienações as quais você se refere são múltiplas e em muitos graus dentro da sociedade, não só no universo da beleza.
Um exemplo é a música, que, se eu fosse me basear segundo o meu gosto, iria julgar pessoas como burras, normais demais ou "levadas pela mídia"...
Antes, era mais radical em relação a isso, mas atualmente percebo que faz parte inerente da sociedade.
Se caso conhecesse duas pessoas em uma festa e uma delas gostasse dos suecos da Radio Dept e a outra adora o J.Quest, qual delas você acha que eu ia ver como mais interessante? A que curte a banda sueca, lógico. Mas se a que gosta de J. Quest for mais inteligente, não preconceituosa, ou transparecer uma personalidade que valha a pena uma amizade, namoro, sei lá...?
O que quero dizer é que não podemos julgar pessoas por elas estarem abiloladas em alguma coisa por algum motivo. Você vê meninas que usam as mesmas roupas como alienadas. De certa forma são. Mas eu via pessoas que gostam de novelas, axé e pagode como alienadas também. E sabemos que não é bem assim. Acho uma merda as pessoas (principalmente as inteligentes) gostarem disso.
Aprendi que as coisas são assim e que vez ou outra não há mal em "cair na multidão, na normalidade". Leve tudo na brincadeira. Leve sempre com leveza, ehehe
Agora convenhamos: no dia que quiser matar um cara do coração (pro bom sentido, lógico) é só usar salto. E com a fivela/tirinha amarrada na canela, hein? São códigos-signos que não sei porque, deixa os marmanjos caidinhos! 8-D
kkkk... Sei que às vezes é bom cair na multidão, mas o que questiono é por que eu sempre tenho que estar nessa multidão.
ExcluirAinda sou daquelas que imagina que uma pessoa irá gostar de mim do jeito que sou. Lógico que a produção vai ajudar, mas... Enfim, não quero ser tão radical e prefiro expressar a diferença. Qual seria a graça se todos formos iguais?!
Acho o mais legal em você isso Mila, não seguir padrão nenhum, não usar nenhum tipo de maquiagem ou coisas do tipo e continuar linda! Confesso que às vezes prancho meu cabelo, gosto de roupa curta, sou muito eclética musicalmente, ouvindo de Jeito Moleque a System Of A Down, mas, nem por isso sigo padrões. Faço o que gosto, ouço o que quero, sem me preocupar com o que a sociedade vai achar. E vejo muito isso, pq eu não curto o gosto musical de fulano, eu sou "menos inteligente", "menos capaz", "mente fechada"... e realmente fico indignada com isso. Mas, "deixa que digam, que pensem, que falem...".
ResponderExcluirMuito bom o texto Mila, saudade de você!
Valeu Nine! Talvez isso nos torne diferentes, e é assim que eu acho que tem ser. Afinal, não haveria a palavra "diferença" se de fato ela não existisse.
ExcluirSaudades super de você também!!!